RETALHOS DO ALÉM-MAR

domingo, 16 de novembro de 2008

Oplatek

Babcia Isabel Iankoski Kosvoski(77), repartindo
o Oplatek com os netos.
A partilha do Oplatek ocorre no período do natal,
significa o perdão mútuo e a confraternização
entre os membros da família e da comunidade.
Município: Santo Antônio do Palma
Localidade: Santa Ana
Data: 24.12.2004

Religiosidade

Vanda Revers Grochot(60)
Município: Santo Antônio do Palma
Localidade: Montes Cárpatos
Data: 19.01.2005

Carroção

Carroção, carregado com fumo.

Uma das principais fontes de renda dos pequenos agricultores.

Munícipio: Santo Antônio do Palma

Localidade: Santa Ana

Data: 22.01.2007

Colhendo

Ana Plavak, colhendo fumo.

Município: Santo Antônio do Palma

Localidade: Santa Ana

Data: 04.01.2008

Estufa

Jovem da família Kazimirski, colocando o fumo

para secar na estufa.

Santo Antônio do Palma

Localidade: Santa Ana

Data: 20.01.2006

Gaiteiro

O menino acompanha curiosamente o gaiteiro

tocar músicas do folclore polonês.

Município: Santo Antônio do Palma

Localidade: Montes Cárpatos

Data: 04.06.2005

Entardecer

Colheta do fumo, prossegue até o final do dia.

Município: Santo Antônio do Palma

Localidade: Montes Cárpatos

Data: 19.01.2005

Jogo de baralho

O jogo de baralho.

Município: Santo Antônio do Palma

Localidade: Montes Cárpatos

Data: 05.12.2004

Sopa de Czarnina

Cecília Kowaleski Pavlak(67), preparando a sopa

de Czarnina.

Município: Santo Antônio do Palma

Localidade: Santa Ana

Data: 04.12.2004

Águia Branca

Jovens do grupo folclórico polonês Orzldialy,

preparando-se para o ensaio.

Município: Santo Antônio do Palma

Localidade: Santa Ana

Data: 04.12.2004

Colheita do fumo

Colheita do fumo.

Município: Santo Antônio do Palma

Localidade: Santa Ana

Data: 04.12.2004

Padroeira

Casal Strieski, com o quadro da Nossa Senhora

de Czestochowa, padroeira da Polônia.

Munícpio: Santo Antônio do Palma

Localidade: Montes Cárpatos

Data: 08.11.2004

sábado, 15 de novembro de 2008

Valdecir Plavak, voltando das lidas rurais.

Município: Santo Antônio do Palma

Localidade: Santa Ana

Data: 24.10.2004

O Frio

Agata Grochot dos Santos (34), em manhã de muito frio

e os campos cobertos de geada.

Município: Santo Antônio do Palma

Localidade: Montes Cárpatos

Data: 11.07.2004

Frio

Miguel Grochot (62), protegido do frio.

Município: Santo Antônio do Palma

Localidade: Montes Cárpatos

Data: 11.07.2004

Roda

Angélica Semanski (3).

Município: Santo Antônio do Palma

Localidade: Santa Ana

Data: 24.02.2003

A Colheita

Ana Kazemirski(68), colhendo fumo.

Município: Santo Antônio do Palma

Localidade: Santa Ana

Data: 24.02.2003

Agricultor

Luis Grochot (73),

separando as folhas de fumo.

Município: Santo Antônio do Palma

Localidade: Capela Nossa Senhora do Rosário

Data: 24.02.2003

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O Lavrador

Gabriel Revers, lavra terra no preparo do

plantio de milho.

Município: Casca

Data: 02.10.2006

Pastor

Jorge Powala, cuidando do rebalho de ovelhas.
Município: Casca
Localidade: Capela São Cristóvão
Data: 16.10.2004

O Bolicho

Trzóskowski e Nosulko são fregueses

do bolicheiro Nosulko.

Município: Dom Feliciano

Localidade: Barra do Tigre

Data: 26.02.2005

Fidoruk

Os Fidoruk, trabalhando na colheita do fumo.

Município: Dom Feliciano

Localidade: Varesto Teixeira

Data: 26.02.2005

Barbearia

Roni Vicente Kwiatkowski, fazendo a barba.

Município: Dom Feliciano

Data: 25.02.2005

Bolicheiro

Vando Uczak (38), bolicheiro de Camaquã.

Muicípio: Camaquã

Foto: 25.02.2005

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Ziemiecki

Colheita do fumo, realizada pelo casal Ziemiecki.

Município: Chuvisca

Localidade: Guaraxaim da Serra

Data: 25.02.2005

Wasilewski

Regina Wasilewski (75)

Município: Mariana Pimentel

Localidade: Linha ALves

Data: 25.02.2005

Plantio

Albino Bonasszewski(40), plantando milho.
Município: Três Arroios
Localidade: Linha Santo Stanislau
Data: 26.09.2005

Woidila

Regina Woidila Janesko (77)

Município: Severiano de Almeida

Localidade: Antas

Data: 26.09.2005

Filipiak

Clara Filipiak Pellisioli (53)

Município: Erechim

Localidade: Estrada velha para Paulo Bento

Data: 28.09.2005

Fazendo banha

Valdemar Woityla (50),
fazendo banha em fogo de chão.
Município: Barão de Cotegipe
Localidade: Linha 2, Volta Grande
Data: 27.09.2005

Szczepanik

Artêmio Szczepanik (55).
Município: Três Arroios
Localidade: Linha Santo Stanislau
Data: 26.09.2005

Irmãos Skibinski.
Município: Áurea
Localidade: Lajeado Leão
Data: 29.01.2005

Passaporte

Passaporte de imigrantes poloneses, emitido
pela Rússia (Museu Municipal de Áurea).
Município: Áurea
Data: 29.01.2005

Orações pela saúde do Papa João Paulo II.
Município: Almirante Tamandaré do Sul
Data: 08.04.2005

Saudades

Agnela Kuiava Petrikowski (80), olhando o
quadro de casamento.
Município: Nova Prata
Localidade: General Osório
Data: 16.01.2005

Deonisio Gayeski, colhendo cebola.

Município: Vista Alegre do Prata

localidade: Linha General Osório

Data: 15.01.2005

Para Sempre

Casal Gayeski.
Município: Vista Alegre do Prata
Localidade: Linha General Osório
Data: 15.01.2005

Babcia

Babcia Waskiewicz (87)
Município: Nova Bassano
Localidade: Linha Sétima,
capela Sagrado Coração de Jesus.
Data: 15.01.2005

Eternidade

Cemitério de imigrantes poloneses.
Município: Nova Prata
Localidade: Linha General Osório
Data: 14.01.2005

Ognisko

Ognisko.

Município: Nova Prata

Localidade: Linha General Osório

Data: 14.01.2005

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Final de tarde

Gilberto Kazmierski, trabalhando na lavoura.

Município: Nova Prata

Localidade: Linha General Osório

Data: 14.01.2005

Chapéu de palha

Babcia encinando a fazer o chapéu com a palha de trigo.

Município: Nova Prata

Localidade: Linha General Osório

Data: 14.01.2005

O Violinista

Os irmãos Modelski.

Município: Nova Prata

Localidade: Linha General Osório

Data: 14.01.2005

Kozlowski

Vitor Kozlowski(70), orando junto ao túmulo de familiares.

Município: Santa Tereza

Localidade: Linha dos Polacos

Data: 10.01.2005

O Gaiteiro

Sr. Wonz (70), gaiteiro.

Município: Veranópolis

localidade: Nossa Senhora do Rosário

Data: 27.02.2005

Cruz

Cruz envolvida pelo tronco de uma árvore.

Cemitério de imigrantes poloneses.

Município: Veranópolis

Localidade: Nossa Senhora do Rosário.

Data: 27.02.2005

Tempo

Sra. Stormowski (79)
Município: Bento Gonçalves
Data: 03.09.2005

Felicidade

Nadir Vaikoski, feliz com o filho Diego Vaikoski.

Município: Bento Gonçalves

Localidade: Linha de Mari

Data: 11.01.2005

Lavrando

Sr. Reszka, lavrando a terra.

Município: Santa Tereza

Localidade: Linha dos Polacos

Data: 10.01.2005

Oração

Tereza Mokwa Miszeeski(80), orando junto ao capitel.

Município: Santa Tereza

Localidade: Linha dos Polacos

Data: 10.01.2005

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Skowronski

Skowronski e família, participam do MST, na busca de terras para poderem plantar.

Município: Passo Fundo

Data: 10.06.2007

Imigração Polonesa no Brasil

O homem tem migrado continuamente, desde os primórdios da humanidade. As emigrações e migrações, tem ocorrido devido motivos físicos e naturais. Em algumas vezes, por causas sociais como a economia, a política, ou por desenvolvimentos ideológicos.
Ao longo de sua história, o Brasil tem recebido imigrantes de vários países. Especialmente nos Estados sulinos, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, existem colônias de diferentes nações européias que ali encontraram terra em abundância para estabelecerem-se. Na historiografia sulina, salientamos a vinda dos poloneses, que marcaram presença no cenário gaúcho, influindo nos mais variados setores.
Devido à importância que teve a imigração polonesa na colonização do Brasil, e como esta não é um fenômeno solitário no processo histórico brasileiro, torna-se necessário estudar sua determinação do cenário econômico, político e social brasileiro, no contexto da influência que exerceu a situação mundial no deslocamento populacional desses europeus para o Brasil.
O estudo da imigração sulina no início do século XIX e XX, e mais particularmente a imigração polonesa, envolve obrigatoriamente o estudo da história do Estado do Rio Grande do Sul, visto que esta região apresenta características singulares e inéditas no relativo àquele fluxo imigratório.
Apesar da assinalada importância, é grande o atraso das investigações históricas sobre a imigração polonesa no Brasil, em geral, e no rio Grande do Sul, em particular. Devido a isso, afloram visões fantasmagóricas sobre os percalços dos colonizadores poloneses no sul do Brasil. Em verdade, são escassos os estudos científicos sobre esses fatos.
As razões da emigração polonesa eram diversas e profundas. No século XIX, à semelhança de outros países europeus, a polônia vivia grave crise econômica, política e social, que obrigou a que multidões de habitantes viajassem para o Novo Mundo. Nos séculos XVI e XVII a Polônia gozara de uma situação favorável no contexto europeu, entretanto passado este período a mesma sofrera pressões e invasões dos países vizinhos, tendo seus territórios divididos entre a Áustria, Prússia e Rússia. Tal fato levou muitos poloneses a abandonarem o país em busca de vida mais digna e livre. Razão pela qual até o momento não disponibilizamos do número real de imigrantes poloneses que aportaram no Brasil.
Dentre as principais razões do movimento migratório, encontram-se o excesso de mão-de-obra nas aldeias e vilas, o elevado crescimento demográfico, a falta de terras para as novas gerações, a ausência de legislação agrária, o êxodo rural para os centros industriais devido à mecanização rural e perseguições políticas e religiosas. Sem dúvidas, a grande razão da imigração foi a possibilidade de emigrar para uma nação onde fosse viável tornar0se proprietário de terra.

O mundo além-mar

A política imigratória adotada pelo Brasil tinha objetivos claros e específicos, dentre eles destacamos: substituição de mão-de-obra escrava pela livre, num momento em que ocorria a expansão do capitalismo mundial; povoamento e colonização de áreas ainda virgens com núcleos de pequenos proprietários agrícolas e diversificação da estrutura produtora, visando contribuir para o abastecimento interno do país e amenizar o desnível da balança comercial causado pelo grande peso das importações de alimentos.
Dois grandes períodos caracterizaram os movimentos migratórios poloneses para o Brasil entre os anos de 1890 e inícios da I Guerra Mundial, conhecidos como a febre brasileira. O primeiro abrange de 1890 até 1897, momento em que o governo brasileiro proporcionou o transporte gratuito aos imigrantes através de contratos com companhias de navegação. Já o segundo iniciou-se em 1906. A I Guerra interrompeu sensivelmente a vinda de imigrantes poloneses ao findar o conflito mundial, o fluxo migratório polonês foi restabelecido em menor escala.
A travessia do oceano não era realizada em menos de 18 dias e, em sua maioria partiam do Porto de Bremen e Hamburgo, rumo a Ilha das Flores. Durante a permanência nos barracões, as famílias aguardavam a definição da região em que iriam se estabelecerem. No Rio Grande do Sul foram dispersos nas seguintes cidades: Alfredo Chaves, Nova Virgínia, Nova Bassano, Monte Vêneto, Nova Roma, Capoeiras, Antônio Prado, São Marcos, Santo Antônio na Patrulha, Guarani das Missões, Mariana Pimentel, Ijuí e Colônia de Erechim (Áurea, Barão de Cotegipe, Carlos Gomes, Centenário, Gaurama, Getúlio Vargas e Itatiba do Sul), entre outras.
A distribuição e dispersão dos imigrantes poloneses pelas diversas localidades do Rio Grande do Sul eram realizadas em São João do Montenegro e Porto Alegre. Então, as famílias polonesas partiam, por diferentes caminhos primeiramente em pequenos vapores e posterior de carretas, a cavalo ou a pé, transportando bagagens e crianças.

Texto: Wenczenovicz, Thaís Janaina.

Imigracja Poska w Brazylii

Człowiek ciągle wędruje, od pierwociny ludzkości. Emigracje i migracje, występują z fizycznych i naturalnych powodów. Czasami, z powodu socjalnego jak ekonomia, politykę, albo rozwoje ideologiczne.
W przeciągu swojej historii, Brazylia przyjmowała imigrantów z różnych krajów. Szczególnie w stanach południowych: Paraná, Rio Grande do Sul i Santa Catarina. Są to kolonie składające się z różnych narodów europejskich, które wówczas znalazły ziemie w obfitości, by się osiedlać. W historiografii dotyczącej południa kraju, podkreślamy przybycie Polaków, którzy wywarli wpływ na regionalny rozwój tych obszarów w rozmaitych dziedzinach.
Z powodu ważności imigracji polski w kolonizacji Brazylii, zważywszy że, w sprawie historycznej, nie jest to zjawisko wyjątkowe, potrzeba jest badania go w brazylijskim zakresie, w kontekście wpływu na sytuację światową w przemieszczaniu tych Europejczyków do Brazylii.
Badania nad imigracją południa kraju na początku XIX i XX w., szczególnie nad imigracją polską, obejmują konieczne badania nad historią stanu Rio Grande do Sul, ponieważ ten region wskazuje osobliwe i oryginalne charakterystyki względne tego biegu imigracyjnego.
Pomimo oznaczanej ważności, występuje wielkie zacofanie badań historycznych nad imigracją polską w Brazylii, zwłaszcza w Rio Grande do Sul. Z tegu powodu, wynikają różne wyobrażenia apologiczne o ograniczeniu polskich kolonizatorów na południu Brazylii. Wprawdzie, nieliczne są badania naukowe w tym temacie.
Motywy emigracji Polaków były różnorodne. W XIX w., tak jak inne kraje europejskie, Polska stała przed poważnym kryzysem ekonomicznym, politycznym i socjalnym, co zmusiło dużą liczbę ludzi do wyemigrowania do Nowego Świata. W XVI i XVII w. Polska miała korzystną sytuację w europejskim kontekście, jednakże po skończeniu tego okresu kraje sąsiednie gnębiły ją i napadały, tak że jej terytorium zostało podzielone między Austrię, Prusy i Rosję. Dlatego wielu Polaków opuściło kraj z zamiarem lepszego i wolnego życia. Do tego momentu, nie wiadomo dokładnie ilu imigrantów z Polski trafiło do Brazylii.
Wśród głównych powodów ruchu imigracyjnego znajduje się zbytek siły roboczej na wsi i w miasteczkach, wysoki wzrost demograficzny, niedostateczna ilość ziemi dla nowego pokolenia, nieobecność rolnej legislacji, emigracja rolna do ośrodków przemysłowych z powodu mechanizacji rolnictwa oraz prześladowania polityczne i religijne. Bez wątpliwości, możliwość zostania właścicielem ziemi na nowym lądzie było głównym powodem emigracji.

Świat za morzem

Polityka emigracyjna obowiązująca w Brazylii miała jasne i specyficzne cele. Między innymi: zamiana niewolniczej siły roboczej na wolną, w takim momencie, w którym rozwijał się kapitalizm na świecie; zaludnianie i kolonizacja dziewiczych obszarów z ośrodkami małych właścicieli rolnych oraz urozmaicenie struktury wytwórcy, zmierzające do wspierania zaopatrzenia wewnętrznego kraju oraz łagodzące różnice poziomu bilansu płatniczego pochodzącego z wielkiego importu pożywienia.
Dwa wielkie okresy migracyjne charakteryzują ruchy migracyjne Polaków do Brazylii między 1890 r., a początkiem Pierwszej Wojny Światowej, znane jako gorączka brazylijska. Pierwszy okres obejmuje lata od 1890 r. do 1897 r., kiedy rząd brazylijski dostarczył transport imigrantom polskim poprzez umowy ze spółkami żeglugowymi. Drugi okres zaczął się w 1906 r. Pierwsza Wojna Światowa trochę przerywała przybycia imigrantów polskich, ale pod koniec światowego konfliktu, bieg migracyjny powrócił, tylko że w mniejszym stopniu.
Podróż przez ocean nie trwała krócej niż 18 dni. Większość wypływała z portu w Bremen albo Hamburgu, w kierunku Ilha das Flores. Podczas pobytu w „szopach”, rodziny oczekiwały na skierowanie do regionu gdzie mogły się osiedlać. W Rio Grande do Sul zostali skierowani do następujących miast: Alfredo Chaves, Nova Virgínia, Nova Bassano, Monte Vêneto, Nova Roma, Capoeiras, Antônio Prado, São Marcos, Santo Antônio da Patrulha, Guarani das Missões, Mariana Pimentel, Ijuí i kolonia z Erechim (Áurea, Barão de Cotegipe, Carlos Gomes, Centenário, Gaurama, Getúlio Vargas i Itatiba do Sul, m. in.).
Rozdział i rozproszenie polskich imigrantów do tak różnych miejscowości było zrealizowane w São Jõao do Montenegro oraz w Porto Alegre. Wtedy, polskie familie wyjeżdżały, najpierw małymi pociągami, a później wozami, końmi albo piechotą, przewożąc bagaże i dzieci.

Tracyja: Wenczenovicz, Thaís Janaina.